Esta onda de mobilizações será organizada durante os próximos três meses, um período durante o qual a Ucrânia vai continuar em lei marcial, detalhou à AFP uma fonte do setor de segurança do governo.
"Prevemos mobilizar mais de 160.000 pessoas", o que permitirá repor as fileiras do exército em 85%, indicou o secretário-geral do Conselho de Segurança e de Defesa Nacional, Aleksandr Lytvynenko, num discurso divulgado em video.
Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, "1,05 milhões de cidadãos foram mobilizados no total", detalhou Lytvynenko em reunião com os congressistas, que ocorreu à porta fechada, notícia a AFP.
A Ucrânia impôs a lei marcial e a mobilização geral no início da guerra e está a prorrogar a situação a cada três meses. A última prorrogação, para o período novembro-fevereiro, foi votada esta terça-feira pelo Parlamento. As autoridades ucranianas não costumam divulgar números sobre os efetivos das forças armadas nem sobre planos de mobilização e muito raramente informam as baixas, segundo a AFP.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, revelou no fim de fevereiro que 31 mil militares tinham morrido no conflito. Este número não inclui os desaparecidos, que se estima serem dezenas de milhares. O balanço de feridos, que em geral chega ao triplo do número de mortes num conflito, nunca foi divulgado, escreve a agência de notícias internacional. A ONU estima este mês que a Ucrânia tenha 35 milhões de habitantes, contra 43 milhões no início da guerra em 2022 (6,7 milhões fugiram do país desde então) e 45 milhões em 2014, quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia.
A Coreia do Norte enviou cerca de dez mil militares à Rússia para treinos, informou o Pentágono esta segunda-feira. A NATO e a União Europeia temem uma escalada perigosa da guerra na Ucrânia.
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