“O Programa Gestão da Dívida Pública (PO08), com uma despesa total consolidada de 137.708,9 milhões de euros, dispõe de 7.151,2 milhões de euros para suportar encargos com juros da dívida pública em 2024”, refere o relatório que acompanha a proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
A previsão compara a despesa com juros e outros encargos com juros da dívida pública estimada para 2023, de 6.582,3 milhões de euros.
A explicar esta evolução está sobretudo o aumento dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE), que levou a uma subida do custo do financiamento dos países.
Ainda assim, durante a conferência de imprensa desta tarde, o ministro das Finanças, Fernando Medina, destacou que a trajetória descendente do peso da dívida pública e da melhoria do saldo orçamental tem contribuído para uma melhoria do ‘rating’ do país, o que beneficia os encargos com juros.
Segundo Medina, a redução da dívida pública é a garantia de que o país está mais resiliente face à subida dos juros.
O governante defendeu que sem a redução da dívida pública em 2023, os encargos com juros aumentavam 2.300 milhões de euros, o que corresponderia a “mais 230 euros por ano em impostos por residente”.
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