E se o coronavírus fosse um desenho animado?
Há dias vi, algures no maravilhoso mundo da Internet, umas imagens que pretendiam simplificar toda esta pandemia para as crianças. O novo coronavírus, claro, era um bicho desconhecido mas com ar simpático. Não metia medo, não causava assim muita estranheza. Era esverdeado, com muitas pernas ou braços, conforme se queira considerar.
Olhei para aquilo e não consegui deixar de pensar: Será esta a melhor forma de representar o que vivemos? Até agora, não tenho uma resposta, mas sei que, se fosse eu a desenhar o coronavírus, não o faria assim.
É que, lendo o mundo como ele se nos apresenta, a Covid-19 não tem este ar simpático. Nem aqui, em Portugal, nem em nenhum outro país. Ora vejamos:
- A nova pandemia de coronavírus já matou mais de 23 mil pessoas e infetou mais de meio milhão em todo o mundo. Os países com mais mortes nas últimas 24 horas são Itália, com 662 novas mortes, Espanha, com 655, e França com 365.
- Em Portugal, já foram registadas 60 mortes e 2.544 infeções, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
Contudo, é de facto preferível pensarmos em tudo de forma mais leve — até para transmitirmos calma aos miúdos e a todos —, mas com consciência dos cuidados a ter para que possamos ultrapassar o surto. Associado a isto vem, por sua vez, a questão da saúde mental: além das regras básicas (lavar as mãos, distância de segurança, ficar em casa), temos de manter o bem-estar.
Neste sentido, a direção regional da Europa da Organização Mundial de Saúde veio hoje trazer várias estratégias para manter a saúde mental e psicológica e o bem-estar na sequência da pandemia da Covid-19.
Partilho aqui algumas notas rápidas para termos em conta nestes dias que parecem saídos de um filme (ou de desenhos animados esquisitos, se quiser):
- Aceitar que é “natural” sentir ansiedade e falar sobre as emoções;
- Manter uma rotina para dar sentido de estrutura;
- Ter uma alimentação equilibrada;
- Realizar alguma atividade física;
- Garantir horas de descanso e de sono.
Além destas dicas, aproveitemos esta quarentena para celebrar a data de hoje, 26 de março: Dia do Livro Português (e atrevo-me a dizer que podemos pensar nisto todos os dias). Deixo-lhe quatro sugestões:
- Contos Exemplares, Sophia de Mello Breyner Andresen
- São Cristóvão, Eça de Queiroz
- A noite abre meus olhos, José Tolentino Mendonça
- A Origem, Graça Pina de Morais
(E, se quiser mais, veja quem sabe mais do que eu sobre Autores para descobrir no Dia do Livro Português)
Que a quarentena ou o isolamento voluntário seja mais tolerável assim, entre letras e histórias (e até com desenhos animados).
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