“A ideia é ser uma referência na construção do carro do futuro e dos novos paradigmas de mobilidade”, disse em conferência de imprensa em Lisboa o presidente executivo da Critical Software, Gonçalo Quadros.
Sem avançar valores do negócio por o projeto estar dependente do aval da Autoridade da Concorrência (Adc) e do regulador europeu, o responsável assegurou que a nova empresa, a Critical TechWorks, “vai implicar” a criação de postos de trabalho, cujo número não indicou, estando sediada no Porto, mas com centro de engenharia nesta cidade e em Lisboa.
“As duas cidades vão repartir responsabilidades, não há divisões funcionais”, afirmou.
Apesar de não especificar o investimento, Gonçalo Quadros notou que “é um projeto particularmente ambicioso”, que visa colocar as duas empresas parceiras “na linha da frente” no setor.
Sem referir valores, apontou que “ambas as empresas [a Critical e a BMW] têm uma posição muito substancial” nesta parceria estratégica, mas também não especificou qual a divisão.
O responsável assegurou que a Critical Software terá uma “capacidade relevante para intervir” nesta nova companhia de origem portuguesa, desde logo pela “partilha na forma como este projeto vai ser construído”.
“A BMW quer ver resolvidos um conjunto de problemas tecnológicos e nós queremos responder a esses desafios”, observou, vincando que a Critical Software criará a tecnologia que será a “espinha dorsal” dos carros daquela fabricante alemã no âmbito da parceria.
Em causa está o trabalho em áreas como a inteligência artificial, grandes conjuntos de dados, conectividade, serviços de ‘car sharing’, entre outras.
Quanto a prazos, e tendo em conta que o pedido entrou na AdC “há algumas semanas”, Gonçalo Quadros estimou que, se o projeto tiver luz verde deste regulador, deverá avançar em setembro.
O presidente executivo estimou ainda que esta parceria estratégica seja “um reforço enorme” da marca a nível global, ao “pôr a Critical Software noutro plano” de mercado.
“A ideia é depois escalar”, concluiu.
A Critical Software, empresa de sistemas de informação portuguesa com sede em Coimbra e representação internacional, fez o anúncio numa altura em que assinala 20 anos de existência.
No ano passado, a empresa teve uma faturação de 42,1 milhões de euros e nove milhões de euros em EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
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