O rei Felipe VI e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, estão em visita à cidade para participar numa entrega de prémios organizada pelo Consórcio da Zona Franca de Barcelona (CZFB).
Os manifestantes protestaram ao longo do Moll de la Fusta em direção a Pla de Palau, muito longe da estação ferroviária de França, que foi cercada por um grande dispositivo dos Mossos d'Esquadra (polícia local), local escolhido para a entrega dos prémios da Barcelona New Economy Week, um evento organizado pelo CZFB.
O protesto foi realizado sem incidentes, exceto o facto de os Mossos d'Esquadra terem removido uma grande faixa da organização Òmnium Cultural pendurada num prédio em frente à estação de França com a frase: "Joan Carles Primer. Felip l'Último. #CoronaCiao (Juan Carlos Primeiro. Felipe Último. #CoroaAdeus)”.
Os Mossos d'Esquadra (polícia da Catalunha) alertaram os proprietários de imóveis e residências da zona que não podia haver objetos que impedissem a livre visibilidade das portas e janelas para se ter a máxima visibilidade das fachadas.
Segundo os Moços d’Esquadra, o proprietário do prédio informou os ocupantes de que nenhum objeto poderia ser pendurado. Uma vez que o pedido não foi atendido, o próprio proprietário mandou retirar o cartaz e os ocupantes retirados do apartamento.
Entre os manifestantes na rua, que tentavam manter a distância social necessária em tempos de pandemia de covid-19, estavam os líderes dos partidos JxCat, ERC e CUP, que apoiaram o protesto.
Entre outros líderes estavam Josep Costa, Neus Munté ou Laura Borràs.
Por outro lado, uma centena de membros dos chamados Comités de Defesa da República (CDR) deslocaram-se do monumento de Colombo ao Arco do Triunfo, passando pelo parlamento cercado pela polícia, demonstrando a sua rejeição da presença do rei na Catalunha com uma faixa com a frase "Sentenciamo-los".
Os manifestantes gritavam frases pró-independência e lançaram fogo de artifício.
Os membros da CDR percorreram o centro de Barcelona até a Pla de Palau sem a distância social que as autoridades de saúde reivindicaram por causa da pandemia, embora estivessem a usar uma máscara.
As iniciativas contra o chefe de Estado começaram na tarde desta quinta-feira, quando dezenas de independentistas queimaram fotos com a sua imagem em diferentes municípios da Catalunha.
Hoje, membros da Assembleia Nacional Catalã (ANC), liderada por sua presidente Elisenda Paluzie, queimaram uma grande foto do rei Felipe VI em Barcelona enquanto gritavam "fogo ao Bourbon".
Os Mossos d'Esquadra, a Polícia Nacional, a Guarda Civil e a Guarda Urbana formaram um amplo cordão de segurança para proteger a área e evitar que os manifestantes se aproximem da estação de França, onde o serviço de comboios foi interrompido.
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