“De sábado até terça-feira de manhã, foram registados 269 sismos” pelo Observatório Vulcanológico de Goma (OVG), segundo uma nota técnica datada de terça-feira e citada pela agência de notícias France-Presse.
O maior sismo registado foi sentido na terça-feira com uma “magnitude de 5,2 na escala de Richter”, refere o documento.
Os abalos continuaram com a mesma intensidade hoje na cidade, onde eram visíveis grandes fissuras no chão.
Segundo as autoridades, os sismos “não são magmáticos” e deverão diminuir de intensidade, limitando a hipótese de nova erupção do Nyiragongo.
“O perigo tende a diminuir”, disse uma delegação ministerial que chegou segunda-feira de Kinshasa.
Ainda assim, a nota assinala que os registos obtidos em 25 de maio indicam “atividade (sísmica, produtos vulcânicos projetados e fissuras) no campo do vulcão”.
A observação sugere que a atividade vulcânica continua apesar do aparente fim da erupção de domingo com a imobilização dos fluxos de lava.
Na nota não é feita, contudo, qualquer avaliação ou recomendação quanto ao risco de nova erupção, sendo indicados, sem quaisquer comentários, três cenários de erupção, classicamente evocados em relação ao Nyiragongo, incluindo o mais grave: a hipótese de um fluxo de lava atingir as profundezas do Lago Kivu, libertando gases dissolvidos, incluindo CO2, o que causaria “milhares de mortes”.
A lava fluiu, na noite de sábado, em duas direções a partir dos flancos do vulcão, com um fluxo a parar na periferia nordeste de Goma, e o outro a cortar um quilómetro da Estrada Nacional 4 que liga Goma a Butembo, um grande eixo regional vital para o abastecimento da cidade.
Pelo menos 32 pessoas morreram desde sábado, incluindo duas dezenas em consequência de gases libertados após a erupção do vulcão Nyiragongo, e entre 900 e 2.500 casas foram destruídas pelos fluxos de lava.
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