Uma nuvem cinzenta elevou-se sobre o vulcão localizado na ilha da Sicília a partir das 11h24 locais, informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).

Imagens de câmaras de vigilância mostraram um fluxo vulcânico que provavelmente foi causado pelo “colapso de material do flanco norte da cratera sudeste” da montanha, disse o instituto.

O INGV projeto que a coluna de cinzas se irá dissipar em direção ao sudoeste.

Estima-se que a nuvem vulcânica se eleve a 6,5 quilómetros e um alerta vermelho foi emitido para as autoridades aeronáuticas, mas o aeroporto de Catania, na ilha, continua a operar normalmente.

Nas redes sociais, turistas perto do vulcão partilharam o momento da explosão repentina.

A primeira notificação do INGV foi feita às 02h39 locais (01h39 de Lisboa) de domingo, altura em que alertou para “uma variação súbita dos parâmetros” a uma altitude de 2.800 metros no enorme e muito ativo vulcão siciliano.

Em seguida, constatou uma atividade de tipo estromboliano – explosiva, mas libertando uma energia “modesta” — na cratera sudeste, bem como “um aumento progressivo” dos tremores.

No último relatório, o INGV refere que a atividade explosiva na cratera sudeste deu origem a erupções de lava e que os tremores vulcânicos atingiram “valores muito elevados”.

O presidente da região da Sicília, Renato Schifani, excluiu “de momento” qualquer perigo para a população, segundo informações recebidas da Proteção Civil.

“De acordo com os primeiros dados, o material não ultrapassou o limite do Vale do Leão e, segundo me garantiram, não há perigo para a população”, afirmou.

Contudo, o responsável da Proteção Civil siciliana, Salvo Cocina, recomendou aos caminhantes para terem “extremo cuidado” e “evitarem a zona em torno do cume do vulcão”.

Pelo menos “até novo aviso”, devido à “potencial evolução do fenómeno”, sublinhou.