A Academia foi criada em Lisboa, em 1836, por decreto da rainha Maria II, com funções honoríficas, culturais e pedagógicas, e é atualmente uma instituição de utilidade pública, tutelada pelo Ministério da Cultura.
“É uma iniciativa que se enquadra nos nossos objetivos pedagógicos estatutários, mas há décadas que não se tem reunido condições para se realizar, embora se reconheça que a prática do desenho é fundamental para a qualidade de execução de todas as artes plásticas”, indica a presidente, num comunicado divulgado sobre o reatamento dos cursos de desenho.
O curso livre de desenho começará em 08 de fevereiro, na Academia Nacional de Belas Artes, ministrado pelo professor e escultor António Pedro Ferreira Marques, e irá assentar em métodos e técnicas, materiais, instrumentos, temáticas e composição.
Depois de duas décadas a viver uma profunda crise por sucessivos cortes do orçamento e falta de funcionários, a atual presidente tem vindo, desde 2015, a criar projetos para que se dê uma ‘ressurreição’ da entidade nos próximos anos.
Uma dessas iniciativas foi a reabertura, em 2016, da biblioteca da Academia, com cerca de 30 mil livros que percorrem seis séculos, além de desenhos, pinturas, esculturas e fotografias, que compõem o seu espólio.
Trata-se da biblioteca especializada em História da Arte mais importante do país, e tem sido alvo de vários projetos de melhoramento desde que Natália Correia Guedes dirige a Academia, a partir de novembro de 2014.
A Academia é sucessora das extintas Academia Real de Belas Artes e Academia Portuguesa de Belas Artes, e tem como missão a promoção e desenvolvimento de trabalhos de investigação e estudos na área da historiografia da arte portuguesa.
A biblioteca está dividida em duas partes que totalizam cerca de 30 mil volumes: a parte histórica, que vai do século XVI ao século XIX, e a parte moderna, que vai do século XX ao século XXI.
Foi em 1836, ano da fundação da academia, instalada no Convento de São Francisco, em Lisboa, que foi constituída a biblioteca, com bens dos conventos extintos, aí depositados, e depois dispersos por várias instituições, nomeadamente o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado.
Ainda existe um setor com espólios desses conventos, acrescidos de doações e aquisições de outras coleções, de fotografia e desenho, a pintura e escultura.
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