“Gostaria que a próxima fase do programa não fosse apenas entre o Observatório Português para as Artes Culturais e a Direção-Geral das Artes, mas tivesse envolvida cada uma das CCDR”, disse Pedro Adão e Silva, na Pampilhosa da Serra, no interior do distrito de Coimbra.

Para o governante, que falava à agência Lusa no final da sessão de abertura do primeiro encontro de projetos de Arte e Coesão Territorial, isso seria também uma forma de “responder às assimetrias que existem no quadro de cada uma das regiões”.

O ainda ministro da Cultura considerou que as CCDR devem ser “chamadas a ajudar” a concretizar aquele objetivo, de redução de assimetrias.

Segundo Adão e Silva, “mais importante” do que a continuidade do programa Arte e Coesão Territorial, “é que os seus princípios se multipliquem e se disseminem”.

“É uma primeira etapa que deve ter etapas subsequentes, pois é fundamental esta ideia de focalização das respostas do ponto de vista dos apoios às artes, com a preocupação com os territórios de baixa densidade cultural”, sublinhou.

Pampilhosa d Serra acolheu hoje o primeiro encontro de projetos do programa Arte e Coesão Territorial, suportados pelo programa de apoio em parceria entre a Direção-Geral das Artes e o ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa, através do Observatório Português das Atividades Culturais.

Os 34 projetos artísticos apoiados pela DGArtes em territórios de baixa densidade cultural, são de 30 municípios, dos quais 13 pertencem à região Norte, sete ao Centro, oito ao Alentejo e seis às regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Na sessão de abertura, o ministro da Cultura salientou que 24 dos projetos aprovados não tinham recebido qualquer apoio anterior, o que constitui um dado importante de renovação e diversidade das áreas artísticas.

As candidaturas ao concurso de Arte e Coesão Territorial, do Programa de Apoio em Parceria estiveram abertas entre 07 de julho e 16 de agosto, abrangeram um total de 76 concelhos, e os resultados foram anunciados em outubro.

Este concurso, cuja dotação global foi de um milhão de euros, resultou do acordo com o ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa, através do Observatório Português das Atividades Culturais.

O programa vai apoiar projetos culturais com a duração máxima de dois anos e que se desenvolvam com a participação das comunidades, estruturas, artistas e agentes socioculturais locais.