Numa conferência de negócios em Telavive, Rudy Giuliani disse que depois de Trump cancelar abruptamente, em 24 de maio, a cimeira com Kim Jong-un, marcada para 12 de junho, o líder norte-coreano "meteu-se de joelhos e implorou pelo encontro, que é exatamente na posição em que o queremos".
Mais tarde, o ex-mayor de Nova Iorque e advogado de Trump veio dizer que utilizou a expressão em sentido figurado para demonstrar que Kim Jong-un era o principal interessado nesta cimeira e que tinha desta forma percebido a posição de força do seu interlocutor.
Em entrevista à Associated Press, Giuliani rejeitou a possibilidade de as suas afirmações terem um impacto negativo a poucos dias do encontro, minando a atmosfera da cimeira. "Isto mostra que o Presidente [Trump] é uma figura forte, e não vamos ter negociações úteis se ele [Kim Jong-un] não entender isso", acrescentou.
Sobre o cancelamento abrupto do encontro, o advogado disse que Trump não podia fazer outra coisa depois dos norte-coreanos terem insultado o vice-presidente Mike Pence e o consultor de segurança John Bolton e de terem ameaçado os Estados Unidos de "aniquilação nuclear".
Na sequência do cancelamento, diz Giuliani, Kim Jong-un mudou a sua posição e mostrou-se disponível para debater a desnuclearização e pediu para que o encontro fosse retomado. "Era isso que eu queria dizer quando disse que ele implorou", esclareceu o advogado à Associated Press.
Trump confirmou finalmente a 1 de junho a cimeira iria ter lugar, após um encontro com o ‘número dois” do regime de Pyongyang. “O processo vai começar em 12 de junho em Singapura”, anunciou Trump aos jornalistas após um encontro de mais de uma hora com o general norte-coreano Kim Yong Chol. O responsável norte-coreano, que viajou para os EUA na quarta-feira onde tem mantido diversos contactos com responsáveis oficiais, deslocou-se a Washington e reuniu-se com Trump na Casa Branca, a quem entregou uma carta pessoal do Presidente norte-coreano Kim Jong-un.
Washington exige uma desnuclearização “total, verificável e irreversível” da Coreia do Norte e declarou-se disposto a fornecer garantias de “segurança” ao regime de Pyongyang, que sempre considerou o seu arsenal nuclear uma espécie de seguro de vida.
Por seu lado, Kim Jong-un disse querer “avançar para uma desnuclearização da península coreana”, mas através de um processo “etapa por etapa”, tendo publicamente afirmado rejeitar qualquer desarmamento “unilateral”.
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