O boletim de Ronny Jackson, atual representante eleito pelo Partido Republicano pelo Texas, é um dos primeiros relatos sobre o ferimento sofrido pelo ex-presidente na semana passada, quando um jovem armado abriu fogo num comício na Pensilvânia.

"A bala passou, esteve a 0,6 cm de entrar na sua cabeça, e impactou a parte superior da orelha direita", escreveu Jackson, que afirmou ter apanhado de imediato um voo para Nova Jersey para assistir Trump após o comício, sendo o seu médico assistente desde então.

"A trajetória da bala produziu uma ferida de 2 cm de largura, que se estendeu até a superfície cartilaginosa da orelha. No início, ocorreu uma hemorragia importante, seguida de um inchaço pronunciado em toda a parte superior da orelha", prosseguiu.

A inflamação diminuiu desde então e a ferida está "a cicatrizar corretamente", escreveu na nota, publicada por Donald Trump na sua rede, Truth Social.

"Ainda há um pouco de sangramento que requer um penso", mas "dada a naturaleza ampla e contundente da ferida em si, não são necessárias suturas", escreveu Jackson.

Segundo Ronny Jackson, Trump também se submeteu a um TAC  à cabeça enquanto estava a ser tratado da ferida pelos médicos no hospital de Butler, Pensilvânia e "será submetido a mais avaliações, inclusive um exame auditivo exaustivo", completou o médico.

Ronny Jackson
Ronny Jackson MILWAUKEE, WISCONSIN - JULY 16: Rep. Ronny Jackson (R-TX) speaks during preparations for the second day of the Republican National Convention at the Fiserv Forum on July 16, 2024 in Milwaukee, Wisconsin. Delegates, politicians, and the Republican faithful are in Milwaukee for the annual convention, concluding with former President Donald Trump accepting his party's presidential nomination. The RNC takes place from July 15-18. Alex Wong/Getty Images/AFP (Photo by ALEX WONG / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP) créditos: 2024 Getty Images

Jackson deixou a Marinha como contra-almirante no ano passado e foi nomeado pela primeira vez na unidade médica da Casa Branca sob o mandato do ex-presidente George W. Bush (2001-2009), tendo depois se tornado o médico presidencial em 2013, durante o governo de Barack Obama (2009-2017).

Tornou-se conhecido depois de elogiar efusivamente a saúde e os "grandes genes" de Trump em 2018, sugerindo que "se tivesse tido uma dieta mais saudável nos últimos 20 anos, poderia viver até aos 200" anos.

Pouco tempo depois desse elogio, Trump nomeou-o chefe do Departamento de Assuntos de Veteranos, mas o próprio Jackson acabou por retirar o seu nome após ser alvo de acusações por ter distribuído medicamentos indevidamente e de, às vezes, se embebedar no trabalho.