“Como nações do mundo que enfrentam os efeitos das alterações climáticas, devemos garantir que a transição para um futuro de resiliência climática de baixo carbono seja justa, e deve ser capaz de ter em conta as diferentes circunstâncias que prevalecem em todos os países”, afirmou o líder sul-africano, após a reunião plenária da 15.ª Cimeira de chefe Estado e de Governo dos BRICS, que decorre em Joanesburgo, África do Sul.

Nesse sentido, Ramaphosa insistiu que os países dos BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – “precisam de promover os interesses do Sul Global e de apelar aos países industrializados para que honrem os seus compromissos de apoio à ação climática, e ao desenvolvimento do progresso económico”.

“Os compromissos de apoio assumidos e que ainda não foram cumpridos necessitam de ser cumpridos”, frisou Ramaphosa.

Na sua intervenção, o chefe de Estado sul-africano sublinhou que a paz e a estabilidade “são pré-condições para um mundo mais equitativo”.

“Como sul-africanos, a nossa posição continua a ser a de que a diplomacia, o diálogo, a negociação e a adesão aos princípios da Carta das Nações Unidas são necessários para a resolução pacífica e justa dos conflitos”.

Ramaphosa referiu também que os BRICS “estão preocupados com o facto de os sistemas globais de pagamentos financeiros estarem a ser cada vez mais utilizados como instrumentos de contestação geopolítica”.