De acordo com a Associated Press (AP), o procurador distrital de Fulton County Paul Howard fez o anúncio durante uma conferência de imprensa, onde também estava a mulher de Brooks, Tomika Miller, e os seus advogados, Justin Miller e L. Chris Stewart.
Garrett Rolfe foi despedido na sequência do homicídio de Rayshard Brooks, de 27 anos, na última sexta-feira.
A dirigente da polícia de Atlanta, Erika Shields, demitiu-se 24 horas depois do incidente.
A notícia de hoje surgiu na sequência de um pacote apresentado pelo Partido Republicano para reformar a polícia norte-americana e de protestos que ocorreram na capital da Geórgia contra o homicídio pela polícia de George Floyd, também afro-americano, em Minneapolis, no Minnesota.
O caso de Brooks ocorreu quando a polícia de Atlanta foi chamada para uma ocorrência num restaurante do franchising Wendy's, por causa de um automóvel que estaria a bloquear a faixa do 'drive-thru'.
Os agentes encontraram Brooks a dormir dentro da viatura e pediram-lhe para realizar um teste de alcoolemia.
As câmaras de vídeo nas viaturas da polícia mostram que o cidadão afro-americano e os agentes estiveram a conversar calmamente durante cerca de 40 minutos.
Contudo, Brooks acabou a lutar com os agentes e a fugir com o 'taser' de um deles, apontando-a enquanto fugia pelo parque de estacionamento do estabelecimento de restauração.
A autópsia revelou que o cidadão foi baleado duas vezes nas costas.
Este caso surge numa ocasião de manifestações por todo o território norte-americano, que começaram por contestar a morte de Floyd e se converteram num protesto antirracista sem precedentes.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis, no Minnesota, depois de um polícia caucasiano lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos, durante uma operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Os protestos rapidamente ganharam dimensão internacional, espalhando-se a Londres, Paris, Berlim ou Lisboa.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
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