O número de voos cancelados foi divulgado pela empresa, que indicou que tal deve-se ao número “extraordinariamente elevado” de pilotos que declararam estar doentes e não se apresentaram ao trabalho.
A Air Berlin, que em 15 de agosto se declarou insolvente, não afastou a possibilidade de ao longo dia de hoje vir a cancelar mais ligações aéreas devido à imprevisibilidade desta ação de protesto dos pilotos.
Hoje, segundo um documento interno da transportadora, divulgado pelos ‘media’, encontram-se de baixa médica 149 pilotos, depois dos quase 200 que na terça-feira não foram trabalhar pelo mesmo motivo, obrigando ao cancelamento de mais de 120 voos.
A ação é ilegal, dado que não foi convocada por qualquer sindicato e foi inclusivamente alvo de críticas por parte de representantes do setor laboral, como a associação profissional Cockpit.
O ministro dos Transportes alemão, Alexander Dobrindt, instou os trabalhadores a “manter, da melhor forma possível, [a Air Berlin] em funcionamento”, em declarações ao diário Bild, enquanto a titular da pasta da Economia, Brigitte Zypries, pediu a todas as partes para “moderarem os nervos”.
A empresa elevou já a cinco milhões de euros o custo do protesto que, segundo a direção, representa uma “ameaça existencial” para a companhia aérea.
A ação dos pilotos começou pouco depois de a direção da Air Berlin ter suspendido, na segunda-feira, as negociações com um potencial novo comprador da transportadora para a absorção de mais de 1.200 pilotos da companhia insolvente.
A oferta mais recente é do empresário Hans Rudolf Wöhrl que, no domingo, afirmou estar disposto a adquirir a Air Berlin por até 500 milhões de euros, oferta que, segundo sublinhou, já tinha sido comunicada à empresa insolvente.
Em comunicado, o empresário precisou que as empresas Lufthansa, Condor, Tui, Germania e Niki Lauda tinham sido informadas que podem participar na oferta e que, se não estiverem interessadas, estará disposto a assumir sozinho, com o apoio de investidores, o saneamento da companhia insolvente.
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