A plataforma “pagará pelas estadas”, mas “não poderá [receber os refugiados] sem a generosidade dos anfitriões [proprietários dos alojamentos locais]”, referiu Brian Chesky, através da sua conta no Twitter, apelando às pessoas que desejem acolher gratuitamente uma família de refugiados para que sinalizem a sua intenção junto da plataforma.
A iniciativa é promovida em conjunto com a Airbnb.org, uma organização independente sem fins lucrativos dedicada a facilitar estadas temporárias a pessoas em momentos de crise e que já ajudou a abrigar deslocados por desastres naturais e ofereceu centenas de milhares de lugares aos trabalhadores da linha da frente no auge da pandemia de covid-19.
O custo com o acolhimento dos refugiados afegãos será financiado através de contribuições para a Airbnb.org por parte da Airbnb e de Brian Chesky, bem como de doadores para o Airbnb.org Refugee Fund, indica a empresa em comunicado.
“À medida que dezenas de milhares de refugiados afegãos se reinstalam em todo o mundo, onde ficam será o primeiro capítulo das suas novas vidas. Para estes 20.000 refugiados, a minha esperança é que a comunidade Airbnb lhes proporcione não só um lugar seguro para descansar e recomeçar, mas também um lar acolhedor”, afirmou Brian Chesky.
Nos últimos quatro anos, a Airbnb.org e a Airbnb conectaram aproximadamente 25.000 refugiados – incluindo centenas que participaram no Programa Especial de Vistos de Imigrantes dos EUA – a alojamento temporário.
“A deslocação e reinstalação dos refugiados afegãos nos Estados Unidos e em outros lugares é uma das crises humanitárias mais graves do nosso tempo”, referiu o cofundador do Airbnb acreditando que deve “agir” e esperando “inspirar outros líderes económicos a fazerem o mesmo”.
Os talibãs conquistaram Cabul no dia 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.
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