Intervindo na abertura da conferência, que coorganiza em Bruxelas com a presidência sueca do Conselho da União Europeia (UE), a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, disse ter “o prazer de anunciar” que a Comissão Europeia, por si só, “vai apoiar a Turquia com mil milhões de euros para a reconstrução pós-sismo”, adotando ainda “um pacote de 108 milhões de euros para ajuda humanitária e início da recuperação na Síria”.
Sublinhando que “o desafio é imenso”, pois é necessário reconstruir “casas, escolas e hospitais com os mais elevados padrões de segurança” e reparar infraestruturas críticas, Von der Leyen frisou que estas promessas anunciadas dizem apenas respeito à Comissão Europeia.
“Sobre estas ajudas, os nossos Estados-membros e as instituições financeiras da UE também assumirão os seus compromissos”, referiu.
A Comissão Europeia e a atual presidência sueca semestral do Conselho da UE acolhem desde hoje ao início da tarde em Bruxelas uma conferência internacional de doadores para angariar donativos e coordenar a resposta às áreas na Turquia e na vizinha Síria afetadas pelo sismo de fevereiro.
No dia 6 de fevereiro deste ano, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter e as réplicas que o sucederam devastaram regiões inteiras da Síria e da Turquia, tendo morrido pelo menos 50 mil pessoas.
A conferência é aberta a todos os Estados-membros da UE, assim como “os países vizinhos”, às Nações Unidas, “instituições financeiras e outros atores relevantes”.
De acordo com as Nações Unidas, mas também segundo as estimativas do Banco Mundial, Bruxelas e do próprio Governo da Turquia, a reconstrução nas áreas afetadas terá um custo aproximado de 94 mil milhões de euros.
As Nações Unidas estimam que mais de 8 milhões de pessoas na Síria (país envolvido numa guerra civil há mais de uma década) precisem urgentemente de ajuda, incluindo 4,1 milhões de pessoas em áreas controladas pela oposição no norte do país e quatro milhões de pessoas em áreas controladas pelo regime de Damasco.
Desde a tragédia, 2,7 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas por terem sido destruídas ou terem ficado fortemente danificadas.
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