O Al-Shebab disse, numa emissão na sua própria frequência de rádio, que os seus combatentes atacaram o hotel Villa Rose, que tem um restaurante popular entre os membros do governo e a comunidade de segurança, e que decorria um tiroteio entre as forças da autoridade e os terroristas.
Abdi Hassan, um funcionário do governo que vive perto do hotel, disse à agência de notícias Associated Press que acreditava que vários colegas estavam dentro do hotel quando o ataque começou, já que viu alguns a saltar o perímetro de segurança enquanto outros foram resgatados.
O hotel não está distante do palácio presidencial, situado no centro de Mogadíscio, onde se ouviu uma explosão, seguida de tiros.
Não há ainda notícia sobre a existência de vítimas.
Os ataques terroristas são comuns em Mogadíscio e noutras partes desta nação situada na região do Corno de África.
No mês passado, pelo menos 120 pessoas foram mortas em dois atentados com carros armadilhados num cruzamento rodoviário em Mogadíscio. O Al-Shebab, que normalmente não reivindica a autoria quando os seus ataques resultam num elevado número de mortos civis, é acusado de ser o responsável por esse ataque, o mais mortífero desde que um ataque realizado no mesmo local matou mais de 500 pessoas, há cerca de cinco anos.
O grupo opõe-se ao governo federal da Somália, que é apoiado por forças de manutenção da paz da União Africana, e quer tomar o poder e aplicar uma versão rigorosa da lei Sharia.
Os Estados Unidos descreveram o Al-Shebab como uma das organizações mais mortíferas da Al-Qaida, tendo realizado dezenas de ataques aéreos nos últimos anos contra o grupo.
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