“Acho que não, acho que pode ter o efeito contrário, vamos a ver”, declarou Albuquerque, questionado se a crise política na região, na sequência de um processo de suspeitas de corrupção que envolve o próprio presidente do executivo madeirense, afastará os eleitores das urnas.
O presidente demissionário do Governo Regional e líder do PSD/Madeira falava aos jornalistas após ter exercido o seu direito de voto na Escola Básica da Ajuda, no Funchal.
Miguel Albuquerque manifestou-se confiante na vitória da coligação ‘Madeira Primeiro’ (PSD/CDS-PP), que concorre pelo círculo eleitoral da Madeira, através do qual são eleitos um total de seis deputados.
“Eu acho que as pessoas têm a perceção e fazem o seu juízo nas urnas mas eu acho que neste momento há uma certeza: é que, por um lado, há um grande desgaste do Governo do Partido Socialista e, por outro lado, as pessoas sabem que só o PSD e a coligação liderada pelo PSD tem mantido sempre uma defesa intransigente pelos interesses da região à Assembleia da República”, afirmou.
Questionado se o PSD/Madeira também não poderá estar desgastado na sequência da crise política, Albuquerque respondeu: “Pode, mas eu acho que neste momento as pessoas já compreenderam e já estão a assimilar o que é que se passou e estas eleições serão já um sinal relativamente à questão que me está a colocar”.
As mesas de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar 10.819.122 eleitores. No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.
Concorrem a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.
Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.
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