O arguido, que está ainda acusado de 73.577 crimes de pornografia infantil, começou a ser julgado hoje de manhã no Tribunal Central Criminal de Lisboa, num julgamento que decorre à porta fechada.
Fonte judicial explicou à agência Lusa que a decisão de realizar este julgamento sem a presença de público se deve à natureza do crime e ao facto de envolver crianças.
A acusação do Ministério Público (MP), do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, a que a Lusa teve acesso, diz que o principal arguido abusou sexualmente de oito menores, sete deles seus familiares (dois sobrinhos e cinco primos), alguns bebés, com o conhecimento dos pais e de duas primas, quatro dos outros arguidos no processo.
Um sexto arguido, um informático do concelho de Sintra, está acusado de 623 crimes de abuso sexual de crianças e outros tantos de pornografia de menores, 548 dos quais cometidos sobre o enteado de 5 anos e 75 sobre a filha bebé, ainda com meses.
No final da sessão, em declarações à Lusa, fonte judicial referiu que o principal arguido confessou a maioria dos crimes que consta na acusação do Ministério Público (MP), mas negou outros, nomeadamente que tivesse obtido algum benefício financeiro com a divulgação das fotografias e dos vídeos.
A mesma fonte adiantou que este arguido foi o único dos seis a manifestar intenção de prestar declarações em julgamento.
A próxima sessão realiza-se na terça-feira com o início da inquirição das testemunhas que constam do rol da acusação.
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