“A recolha de amostras na indústria Celtejo teve por duas vezes problemas ao nível do coletor automático que não recolheu o líquido por razões que desconhecemos. Na terceira tentativa, pedimos o apoio da GNR, do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente e esse coletor foi guardado. Durante 24 horas o coletor funcionou, no entanto, apenas recolheu no final alguma espuma e muito pouco líquido”, declarou Nuno Banza.
Segundo o inspetor-geral, face às circunstâncias, foi decidido colocar três inspetores durante 24 horas, permanentemente, a fazer as recolhas manuais hora a hora.
Numa conferência de imprensa de apresentação dos resultados das análises efetuadas aos efluentes das ETAR urbanas e industriais descarregados no rio Tejo, o inspetor-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território IGAMAOT disse que “vários cenários são possíveis” para o problema registado na recolha das amostras na Celtejo.
“Não estávamos à espera que aquilo acontecesse, não só porque nunca tinha acontecido em mais lado nenhum como também nunca tinha acontecido na própria Celtejo”, afirmou Nuno Banza, indicando que os inspetores têm muita experiência, porque já recolheram “centenas, senão milhares”, de amostras através deste método.
Devido aos “vários constrangimentos inusitados” na amostragem realizada na Celtejo, os resultados desta empresa de celulose “são esperados na próxima semana”, informou Nuno Banza.
Sobre a contribuição para o caudal, a Celtejo é a mais representativa com 70,82%, seguindo-se a ETAR de Abrantes (15,3%), a Navigator (6,85%), a Paper Prime (3,30%), a ETAR de Mação (2,77%) e a ETAR de Vila Velha de Rodão (0,96%).
Relativamente à carga orgânica, a Celtejo tem 89,81%, seguindo-se a ETAR de Abrantes (5,2%), a Navigator (2,73%), a ETAR de Mação (1,09%), a Paper Prime (1,04%) e a ETAR de Vila Velha de Rodão (0,32%).
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