“Grande parte do meu tempo é utilizado para receber a Federação Portuguesa de Futebol e representantes das estrelas de rock que não conseguem chegar ou sair de Lisboa”, disse o responsável, numa discussão sobre o aeroporto Humberto Delgado, na IV Cimeira do Turismo Português, em Lisboa.
Como na maioria não são voos comerciais, atletas e artistas viajam em aviões sem ‘slots’ (período para movimentos de aviões) atribuídos, como foi o caso dos U2.
“Não há ‘slots’, porque estamos completamente lotados. Há umas semanas, recebi um representante dos U2 na ANAC a dizer que não ia conseguir fazer a banda sair no fim do último concerto e teria que reduzir seis músicas e que iam dizer a toda a gente que a culpa era da aviação civil portuguesa”, relatou.
Como não recebeu “’hate mail’ (correio de ódio) no seu 'email'”, o responsável estimou que a situação ficou resolvida, mas avisou que as situações de constrangimentos estão a ser conhecidas lá fora e “há problemas reais”.
Luís Silva Ribeiro sublinhou que a “otimização que tem sido feito tem limites” e que “há limites de segurança”.
“A pressão de rotação de cumprir os horários aumenta a pressão e agrava a probabilidade de erro e um erro pode ser fatal naquele tipo de ambiente [aeroporto]. Há limite para aquilo que é a otimização”, sublinhou.
O presidente da ANAC referiu a necessidade de “urgentemente se seguir uma solução” e que todos rumem para o mesmo lado, até porque “fazer nada é uma solução muito pior”.
Comentários