A estrela de 47 anos afirmou no documento arquivado num tribunal em Los Angeles que Pitt agrediu tanto ela como dois dos filhos do casal num voo particular a setembro de 2016, quando os atores de Hollywood ainda eram casados.
“Pitt agarrou Jolie pela cabeça e sacudiu-a, depois agarrou os seus ombros e sacudiu-a novamente antes de empurrá-la contra a parede da casa de banho”, diz o texto, de acordo com o website Variety. "Pitt bateu no teto do avião várias vezes, forçando Jolie a sair da casa de banho", adianta-se.
"Quando uma das crianças defendeu Jolie verbalmente, Pitt atacou o próprio filho e Jolie agarrou-o por trás para detê-lo", acrescenta o relato judicial. "Para se soltar de Jolie, Pitt atirou-se de costas contra os assentos, ferindo Jolie nas costas e no cotovelo", detalha.
"Pitt sufocou um dos filhos e agrediu outro na cara. Algumas crianças pediram que parasse. Estavam muito assustadas. Várias estavam a chorar", escreve a Variety.
O ator, que acumula décadas de sucessos em Hollywood, foi investigado pelas autoridades federais, continua o documento, mas nenhuma acusação foi formalizada. A AFP entrou em contato com os representantes de Pitt para comentar as últimas alegações, mas não houve resposta.
Jolie iniciou os trâmites legais para o divórcio alguns dias depois do voo. Pais de seis filhos — três biológicos e três adotados —, Pitt e Jolie têm enfrentado uma amarga batalha pela sua custódia, que agora se prolonga por questões materiais.
As novas revelações que repercutiram na imprensa norte-americana nesta terça-feira fazem parte de um contra-processo de Jolie em plena disputa judicial por uma vinha na França que pertencia ao casal.
Há um ano, Jolie vendeu a sua parte do Chateau Miraval à empresa Tenute del Mondo, uma filial do conglomerado de bebidas Grupo Stoli, do multimilionário russo Yuri Shefler.
Pitt abriu um processo em fevereiro, afirmando que "Jolie procurou infringir-lhe danos" com a venda, e descreveu Shefler como "um estranho com associações e intenções venenosas". O documento registado afirma então que Shefler "mantém relações pessoais e profissionais com pessoas do círculo interno de Vladimir Putin".
Yuri Shefler, cujo Grupo Stoli é baseado na Letônia, tem há muito tempo sido uma voz crítica de Putin.
Pitt afirmou também que o casal tinha chegado a acordo para não vender a sua parte sem o consentimento do outro, versão que Jolie nega. A atriz argumenta nos novos documentos que Pitt condicionou a sua compra à assinatura de um acordo de confidencialidade que "a proibiria de falar sobre o abuso físico e emocional" supostamente causado pelo ator.
Uma fonte próxima ao caso disse à AFP que Jolie decidiu vender a sua parte da propriedade porque nem ela, nem os seus filhos, "puderam voltar" ao Chateau Miraval, e que a atriz fez várias ofertas ao ex-marido antes de fechar o negócio com Shefler.
De acordo com essa fonte, o processo de Pitt "é parte de uma narrativa falsa" e "a verdade ainda não veio à tona".
Pitt e Jolie tornaram-se um casal sensação depois de interpretarem assassinos no filme de 2005 "Sr. e Sra. Smith". Naquela altura, Pitt era casado com Jennifer Aniston.
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