Depois de 30 horas de interrogatório em quatro dias, os juízes acusaram Sarkozy de encobrir o suborno de testemunhas e associação de criminosos para preparar uma fraude processual num grupo organizado, disse uma fonte judicial à AFP.
O caso contra o antigo presidente de 68 anos, que ainda é uma figura influente na direita francesa, está relacionado com acusações de que recebeu dinheiro do falecido ditador líbio Muammar Gaddafi para financiar uma das suas campanhas eleitorais.
O julgamento do financiamento líbio da sua campanha de 2007 está previsto para começar em 2025, mas antes disso será julgado em novembro um recurso por financiamento ilegal da campanha de 2012, que perdeu para o socialista François Hollande.
O novo caso junta-se assim a esta lista de audiências judiciais.
Os juízes estão interessados na mudança de depoimento de uma testemunha-chave, o empresário franco-libanês Ziad Takieddine, que alegou ter entregado cinco milhões de euros em dinheiro em 2006 e 2007.
Mas em 2020 retratou-se repentinamente, levantando suspeitas de que Sarkozy pode ter pressionado a testemunha a mudar de ideias.
Pelo menos outras nove pessoas são suspeitas neste caso, incluindo Mimi Marchand, considerada a rainha dos paparazzi em França e próxima do atual presidente, Emmanuel Macron, e da sua esposa Brigitte.
O antigo presidente conservador de 2007 a 2012 também foi condenado em primeira instância e em recurso por corrupção e tráfico de influência, num caso sobre tentativa de influenciar um juiz.
Os advogados de Sarkozy, que recorre frequentemente das condenações, indicaram em comunicado à AFP que o cliente "defenderá a sua honra" também neste último caso.
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