"A melhor forma de não voltarmos a parar é sermos todos muitíssimo disciplinados no cumprimento das regras. Temos de manter esta pandemia controlada e isso exige uma enorme disciplina da parte de todos nós", frisou António Costa, no final de uma visita à 54.ª edição da Capital do Móvel, na Alfândega do Porto, na véspera de o Conselho de Ministros tomar decisões sobre a situação de contingência que vai vigorar a partir de segunda-feira.
O chefe do Governo lembrou que não é por o "sol brilhar e o tempo estar quente" que se devem relaxar os comportamentos, nomeadamente as pessoas andarem juntas, deixarem de lavar as mãos ou fazerem "grandes jantaradas", porque se o fizerem, o país arrisca-se a perder tudo aquilo que conquistou ao longo dos últimos meses.
"Se há algo que todos nós temos bem presente é que o país não suporta, as famílias não suportam, as empresas não suportam e individualmente cada um de nós não suporta voltar a passar por uma situação de confinamento", vincou.
"Esse é um não cenário, não podemos voltar a parar", reforçou.
António Costa referiu a necessidade de cumprir as regras, mesmo tendo de aprender a viver com elas.
"É mais difícil cumprir as regras de trânsito e aprendemos a cumpri-las ou é mais difícil aprender a ler e a escrever e aprendemos", disse, a título de exemplo.
O vírus não anda sozinho, sublinhou, lembrando que é cada uma das pessoas que potencialmente o leva aos outros.
A propósito das regras, Costa contou aos presentes que, durante a visita ao certame, se cruzou com uma criança, que vai agora para o quinto ano, e a quem perguntou se conhecia as regras para regressar à escola, ao que ela respondeu: "usar a máscara, manter a distância e lavar as mãos".
O primeiro-ministro apontou depois que a forma como as crianças têm apreendido, voltando a pedir um esforço aos portugueses.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 898.503 mortos e infetou mais de 27,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.849 pessoas das 61.541 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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