“O objetivo que temos neste momento é procurar contratar um nutricionista por delegação regional de forma a acompanhar com proximidade os diferentes agrupamentos e assim podermos ir continuando a melhorar a qualidade da alimentação das crianças”, afirmou António Costa, em resposta a uma pergunta do deputado do PAN no debate quinzenal no parlamento.
Considerando que “a melhoria da qualidade nutricional da alimentação escolar é absolutamente decisiva para a educação alimentar das crianças e para a saúde ao longo de toda a vida”, o primeiro-ministro adiantou que, de acordo com os dados que o Governo dispõe, as queixas relativamente à qualidade da alimentação servida nas cantinas escolares têm vindo a diminuir.
Por outro lado, acrescentou, “metade das cantinas escolares já solicitaram a opção vegetariana e ela está a ser oferecida sem restrições”.
Antes, o deputado André Silva tinha defendido a necessidade de “priorizar a saúde e o bem-estar das crianças e dos jovens”, referindo que continuam a chegar ao PAN queixas sobre a fraca qualidade nutricional das refeições nas cantinas escolares e que é recorrente em alguns estabelecimentos a falta de variedade na composição dos menus, “o que compromete a adequada nutrição das crianças”.
Na sua intervenção, André Silva alertou também para o facto de algumas crianças com necessidades educativas especiais estarem na escola “apenas a meio tempo por não haver pessoal de apoio educativo em número suficiente”.
Na resposta, o primeiro-ministro reconheceu que, para existir uma educação inclusiva, é fundamental que as crianças com necessidades educativas especiais possam participar nas escolas.
“Felizmente tem vindo a aumentar o número de alunos no ensino regular com necessidades educativas especiais, nos dois últimos anos letivos teve um aumento de sete por cento”, disse António Costa, recordando que parte do reforço de 2.500 assistentes operacionais destina-se precisamente para apoio às crianças com necessidades educativas especiais.
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