António Costa, que no passado dia 07 pediu a demissão das funções de primeiro-ministro e anunciou ainda que não se recandidatará ao cargo, depois de ter sido anunciado que é alvo de um inquérito no Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça, visita a Alemanha num dos seus últimos atos como secretário-geral do PS – as eleições direitas para a sua sucessão realizam-se já dias 15 e 16 do próximo mês -, para um evento comemorativo realizado em conjunto com o partido socialista alemão, o SPD.
Costa encabeça uma comitiva que integra ainda o secretário-geral adjunto do PS, João Torres, o presidente do grupo parlamentar do partido, Eurico Brilhante Dias, a presidente da Fundação Mário Soares-Maria Barroso, Isabel Soares, e Arons de Carvalho, um dos fundadores do partido.
Do lado da comitiva alemã, estarão Lars Klingbeil, presidente do SPD, e Martin Schultz, presidente da Fundação Friederich Ebert e antigo presidente do Parlamento Europeu, assim como a presidente do município local, entre outras individualidades.
A visita tem início hoje ao final da tarde em Bad Münstereifel com um brinde à fundação do partido, ocorrida a 19 de abril de 1973 num congresso nesta localidade no sudoeste da Alemanha, na antiga República Federal Alemã (RFA), nos arredores de Bona, quando o grupo maioritário da Ação Socialista Portuguesa (ASP), liderado por Mário Soares e composto por exilados políticos, entendeu ser chegado o momento de avançar para a criação formal de um partido.
Na terça-feira, em Bad Münstereifel, e depois de uma série de eventos, da parte da manhã, entre os quais a apresentação e montagem de uma placa comemorativa dos 50 anos da fundação do PS num edifício da localidade, a comitiva encabeçada por António Costa ruma a Bona, onde o secretário-geral intervirá, juntamente com o líder do SPD, num painel de discussão sobre "Como proteger uma Europa democrática”, no quadro das eleições europeias de 2024, e numa visita ao Arquivo da Social Democracia, ambos na Fundação Friedrich Ebert.
No último sábado, António Costa participou numa Comissão Nacional do PS, que aprovou formalmente a celebração de eleições diretas para o cargo de secretário-geral do partido a 15 e 16 de dezembro, e de um congresso entre 05 e 07 de janeiro de 2024, convocados na sequência da demissão de Costa e da marcação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março.
Para a sucessão de António Costa na liderança do PS, estão já no terreno três candidaturas: a do ex-secretário-geral adjunto e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a do deputado socialista e ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos, e a do dirigente Daniel Adrião.
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