O objetivo é “dotar Notre-Dame de um novo pináculo adaptado às técnicas e desafios da nossa época”, declarou no final de um conselho de ministros dedicado exclusivamente à reconstrução da catedral.
Philippe disse que não existem ainda estimativas do custo total dos trabalhos de reconstrução da catedral, que o presidente Emmanuel Macron disse na terça-feira pretender que sejam feitos em cinco anos.
“Este é obviamente um enorme desafio, uma responsabilidade histórica”, adiantou o primeiro-ministro.
A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, na segunda-feira à tarde, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto. As chamas destruíram o pináculo e uma grande parte do telhado.
A Procuradoria de Paris disse que os investigadores estavam a considerar o incêndio como um acidente.
Os sinos das 103 catedrais católicas francesas soarão hoje às 18:50 locais (17:50 em Lisboa), à hora que se iniciou o incêndio, em solidariedade.
“Vamos reconstruir a catedral ainda mais bonita e quero que seja concluída em cinco anos”, afirmou Macron num muito curto discurso na televisão, 24 horas depois do desastre.
A reconstrução de um dos edifícios icónicos de Paris e da arte gótica, o monumento mais visitado da Europa (12 milhões de turistas em 2017), está a gerar uma vaga de doações à escala mundial.
Os Estados Unidos ofereceram ajuda para a reconstrução deste “símbolo insubstituível da civilização ocidental”, segundo a Casa Branca.
Mas também a cidade húngara Szeged, ajudada por Paris há mais de um século, já anunciou uma doação de 10 mil euros “num espírito de solidariedade europeia” e o rei de Krindjabo, capital do reino de Sanwi, no sudeste da Costa do Marfim, prometeu contribuir, sem especificar valores.
As doações de empresas e das grandes fortunas francesas para financiar a reconstrução da catedral de Notre-Dame superavam na tarde de terça-feira os 600 milhões de euros.
Incluem a família herdeira do grupo L’Oréal, Bettencourt-Meyers, e a multinacional francesa de cosmética, a família Arnault (a primeira fortuna de França) e o grupo do segmento de luxo LVMH, que detém marcas como a Louis Vuitton, a Dior, a Bvlgari e a Marc Jacobs, o grupo petrolífero Total e a família Pinault, dona do grupo de luxo Kering, que possui marcas como a Gucci, a Yves Saint Laurent e a Boucheron.
A vaga de doações para voltar a erguer a catedral está igualmente a mobilizar anónimos, organismos estatais e regionais e fundações privadas.
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