"A Câmara Municipal de Santiago do Cacém e a Junta de Freguesia de Santo André convocam toda a população, associações e entidades da região para uma ação de protesto contra a decisão da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de não abertura da Lagoa de Santo André ao mar. A ação está marcada para amanhã, dia 5 de março, pelas 17h00, junto à antiga Fragateira".

Para Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém, “isto é uma verdadeira irresponsabilidade. Estamos a tratar de um assunto demasiado sério, porque se trata de algo fundamental para o ecossistema da Lagoa de Santo André e de tudo o que representa do ponto de vista ambiental, humano e económico. É natural que a população esteja preocupada, não vamos calar a nossa voz sobre este assunto”, afirma Álvaro Beijinha.

Também para David Gorgulho, presidente da Junta de Freguesia de Santo André, esta é uma situação "gravíssima e de desrespeito enorme pela população e pelas autarquias.  Por isso esta ação de protesto servirá para todos juntos alertarmos, lutarmos para que seja possível salvar a nossa Lagoa de mais uma atrocidade”.

A APA argumenta que foi sujeita a uma cativação orçamental e que por tal não lhe foi possível contratar os serviços relativos a esta operação. Uma situação que foi comunicada por e-mail, na semana passada, dias antes da intervenção prevista na Lagoa.

O comunicado explica que no email enviado à autarquia, a APA passou a competência da abertura da Lagoa para o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Mas este organismo - tal como a Câmara e a Junta - tem um entendimento diferente: a de que a responsabilidade é da APA.