Em debate no plenário da Assembleia da República esteve, pela mão do PS, o Plano Ferroviário Nacional aprovado pelo anterior Governo e que os socialistas pretendem que o executivo de Luís Montenegro lhe de sequência.
Os socialistas conseguiram ver aprovada a sua iniciativa, sem força de lei, mas o debate ficou marcado pela troca de acusações e responsabilidades entre PS e PSD e a condenação dos partidos da direita pela ausência durante a discussão do líder do PS e antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, cujo legado neste setor foi muito criticado.
A entrada de Pedro Nuno Santos na sala, logo a seguir à votação do projeto de resolução do PS e antes da votação das restantes iniciativas, gerou um burburinho na sala e a reação de muitos deputados, o que teve que levar à intervenção do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, que chegou a ameaçar fazer uma interrupção dos trabalhos caso o barulho continuasse.
O projeto de resolução do PS, no qual é recomendado ao Governo que, após a discussão no parlamento, conclua a aprovação do Plano Ferroviário Nacional e concretize os objetivos deixados pelo anterior executivo socialista foi aprovado com os votos a favor de todos os partidos, à exceção do Chega que votou contra.
Este debate ficou ainda marcado pelo teste do novo sistema de semáforo criado para regular o tempo das intervenções dos deputados. Pela primeira vez, este sistema levou ao corte do som dos microfones quando a tolerância dos 15 segundos foi excedida, o que acabou por acontecer a parlamentares como Paulo Núncio (CDS-PP), Filipe Melo e Raul Melo (Chega) ou Inês Sousa Real (PAN).
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