“Neste momento, quem deve ser condecorado é a CGTP pelos seus 50 anos e pelo contributo que deu para a valorização do trabalho e dos trabalhadores”, disse Arménio Carlos à margem do XIV congresso de dois dias da intersindical, que termina hoje na Arrentela, Seixal.
Arménio Carlos, que disse ter sido “completamente surpreendido” pelo anúncio do primeiro-ministro, com quem manteve sempre “um bom relacionamento”, não quis para já comentar esta intenção do chefe do Governo, afirmando que não recebeu qualquer proposta nesse sentido.
“Não recebi nenhuma proposta, portanto, não comento propostas que não recebi”, disse.
“Creio que quem terá de apresentar uma proposta é o senhor Presidente da República e só me pronunciarei quando isso acontecer”, acrescentou.
António Costa anunciou hoje que tenciona sugerir a Marcelo Rebelo de Sousa a condecoração de Arménio Carlos e saudou a nova líder da central sindical, Isabel Camarinha.
“No dia em que cessa funções como secretário-geral da CGTP-IN, quero agradecer o contributo de Arménio Carlos para a consolidação do diálogo tripartido em Portugal e por todo o trabalho desenvolvido em prol de um país mais justo”, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.
Depois, o primeiro-ministro lançou a sugestão de o secretário-geral cessante da CGTP-IN ser condecorado em breve.
“Como reconhecimento público da sua dedicação em defesa dos direitos do trabalho e dos trabalhadores, irei sugerir ao senhor Presidente da República que promova a condecoração de Arménio Carlos, pelos serviços meritórios praticados nestas funções”, justificou.
António Costa saudou também a sucessora de Arménio Carlos na liderança da CGTP-IN, Isabel Camarinha, cuja eleição foi anunciada esta madrugada no congresso que decorre no Seixal, distrito de Setúbal.
“À nova secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, desejo as maiores felicidades, reforçando a disponibilidade do Governo para manter o diálogo em conjunto, em busca de mais igualdade e melhoria de condições e direitos para os trabalhadores”, escreveu o primeiro-ministro.
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