Arnaut, declarou César, "não era apenas um socialista, era um socialista muito simbólico, representante do sentido humanista com que a política se desenvolve", um socialista "empenhado, apaixonado naquilo que sempre constituiu a sua grande causa, a causa da saúde pública".
E concretizou: "Com o desaparecimento de António Arnaut, fundador do PS, nosso presidente honorário, sobretudo nosso presidente afetivo, desaparece uma parte muito significativa da nossa memória do presente", sendo que existe a "responsabilidade" de seguir uma trajetória "humanista" no PS.
Carlos César endereçou ainda sentimentos à família do presidente honorário dos socialistas.
César falava aos jornalistas na Madalena, à margem das celebrações do dia da Região Autónoma dos Açores, que hoje se assinala na ilha do Pico.
António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.
Presidente honorário do PS desde 2016, António Arnaut foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.
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