Em nota assinada pelo Vigário Arquiepiscopal para a Celebração da Fé e publicada na sua página, a Arquidiocese alerta ainda que, em relação à ornamentação das igrejas, se tem notado uma tendência de aumento de adereços “que apenas causam dispersão e ruído visual”.
Numa altura em que voltam a ser reagendados casamentos que estavam marcados para o ano passado e que não se realizaram por causa da pandemia, a Arquidiocese de Braga pede aos sacerdotes que “renovem e reforcem a sua vigilância” no que refere a vários aspetos materiais da preparação dessas celebrações, “sem se esquecer de pôr sempre em primeiro lugar a preparação espiritual”.
Em relação às escolhas musicais, a arquidiocese refere que há muitas “que não honram nem a liturgia nem a vigilância a que todos os sacerdotes são obrigados”.
“Neste tímido reinício de preparação e reagendamento de matrimónios, recomendamos que os sacerdotes redobrem de atenção sem laxismo complacente”, lê-se na nota.
O documento lembra que o Departamento Arquidiocesano de Música Sacra “está sempre disponível, quando solicitado”, para dar o seu parecer sobre as sugestões apresentadas pelos noivos e pelos agrupamentos musicais que lhes fornecem esse serviço.
No que respeita à ornamentação, a Arquidiocese enfatiza as normas referentes à preservação do património, em particular dos altares de talha dourada, e o “dever de modéstia” que a fé impõe.
“Tem-se notado uma tendência ao aumento de adereços que apenas causam dispersão e ruído visual. Muitas vezes, são as empresas organizadoras de eventos contratadas pelos noivos que, para justificar os seus honorários, multiplicam os serviços e os atavios. Aqui também, é importante saber resistir e formar os noivos para uma ‘santa simplicidade’”, acrescenta a nota.
Há ainda um apelo para que se insista junto dos fotógrafos e de outros repórteres de imagem para que a sua presença e intervenção na celebração seja “o mais discreta possível”.
“Não aconteça que, com a sofreguidão de captar o momento, se estrague esse mesmo momento”, avisa.
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