“Juntos reconstruiremos a credibilidade de uma Igreja ferida, enviada a uma humanidade ferida, no seio de uma criação ferida. Não é importante ser perfeito, mas é necessário ser credível”, disse o sumo pontífice aos recém-ordenados na igreja do Vaticano.

Leão XIV retomou a cerimónia que, nos últimos três anos do pontificado de Francisco, tinha sido presidida pelo cardeal vigário de Roma, e pediu aos novos sacerdotes que se colocassem ao serviço do “mundo real” e “não procurassem outros poderes”.

O Papa defendeu o dever de se estar ligado a “pessoas de carne e osso”, “sem se isolar” e sem viver a sua missão como “uma espécie de privilégio”, mas também advertiu que “a autorreferencialidade apaga o fogo” da missão sacerdotal, como tinha dito Francisco.

A cerimónia de consagração de 11 novos sacerdotes, sete formados no Pontifício Seminário Maior e quatro no Colégio ‘Redemptoris Mater’, desenrolou-se com simbolismo.

A cerimónia começou com os novos sacerdotes vestidos inteiramente com vestes brancas e chamados pelo nome: “Eis-me aqui”, responderam todos.

Depois, o Cardeal Vigário de Roma, Baldassare Reina, apresentou-se diante do Pontífice para proclamar que “a Santa Mãe Igreja pede que estes nossos irmãos sejam ordenados sacerdotes”.

Depois da homilia, os novos sacerdotes pronunciaram os seus compromissos e passaram um a um diante de Leão XIV, ajoelhando-se para prometer “respeito e obediência filial” a ele e aos seus futuros sucessores.

Os novos sacerdotes estenderam-se então no chão, aos pés do altar papal construído no local onde, segundo a tradição, São Pedro foi sepultado, enquanto a assembleia cantava as litanias.

O rito terminou com a imposição da estola e da casula aos novos sacerdotes e com a oração de ordenação, um momento de silêncio em que o Papa impõe as mãos sobre a cabeça dos sacerdotes.

Em seguida, ungiu as palmas das mãos com o santo crisma e trocaram um abraço e o beijo da paz.