A iniciativa do governo conservador liderado pelo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis tem também como objetivo melhorar a utilização de trabalhadores qualificados e reduzir a economia paralela.
A inflação obrigou muitos trabalhadores a procurar um segundo emprego, mas esta medida visa melhorar as condições de um trabalho único.
O prolongamento do horário de trabalho só se aplicará a determinados setores, como as fábricas ou as pequenas empresas, bem como às empresas que prestam serviços ininterruptos. O turismo e o setor da hotelaria e restauração foram excluídos.
A medida foi duramente criticada pelos sindicatos, que a consideram contrária aos direitos laborais e sublinham que vai contra a tendência registada noutros países europeus, como a Alemanha, a Bélgica, a França, a Islândia e o Reino Unido, que propõem a redução do número de horas semanais para menos de 40 ou mesmo a redução do número de dias de trabalho de cinco para quatro, com turnos de dez em vez de oito horas.
Para Akis Sotiropoulos, do sindicato dos funcionários públicos Adedy, “isto é uma barbaridade”.
“Não faz qualquer sentido. Quando quase todos os outros países civilizados aplicam uma semana de quatro dias, a Grécia decide ir na direção oposta”, lamentou.
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