De acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, num comunicado hoje divulgado e citado pela Agência France Presse, David Cameron irá deslocar-se àquele arquipélago na primeira etapa de uma viagem à América do Sul e a Nova Iorque, cujas datas não foram divulgadas.
Esta será a primeira visita de um ministro britânico às Falkland (nome que os britânicos atribuem às ilhas) desde 2016, altura em que o secretário de Estado da Defesa se deslocou ao arquipélago.
Aquelas ilhas do Atlântico Sul, situadas a 400 quilómetros da costa da Argentina e a quase 13 mil quilómetros do Reino Unido, foram disputadas por Londres e Buenos Aires numa guerra na década de 1980.
Em 02 de abril de 1982, forças militares argentinas comandadas pela junta militar que governava a Argentina invadiram as ilhas que são administradas desde 1833 pelo Reino Unido, desencadeando um conflito que terminou com a rendição dos militares argentinos a 14 de junho seguinte.
Durante a guerra, morreram 649 militares argentinos, 255 britânicos e três civis habitantes das ilhas.
O anúncio da visita de David Cameron surge algumas semanas depois da tomada de posse do presidente argentino Javier Milei, que anunciou a intenção de “recuperar” as Malvinas de forma “diplomática”.
Londres argumenta que a quase totalidade população de dois mil habitantes das ilhas aprovou a manutenção do controlo britânico, num referendo em 2013.
De acordo com David Cameron, “as Falkland ocupam um lugar importante no seio da família britânica, e, enquanto quiserem continuar a fazer parte dela, a questão da soberania não será discutida”.
Por isso, o chefe da diplomacia pretende “reafirmar o compromisso do Reino Unido de defender o direito dos habitantes à autodeterminação”.
Durante a visita, David Cameron irá prestar homenagem aos 255 militares britânicos que morreram na guerra de 1982.
Para a Argentina, as ilhas herdadas da coroa espanhola após a independência do país foram ocupadas pelas tropas britânicas em 1833, tendo o governador argentino e os colonos sido então expulsos para o continente.
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