O periódico, sem citar fontes, garante que esta saída está relacionada com “o degradar das relações” entre Neeleman, o Estado e o seu parceiro no consórcio Atlantic Gateway, que tem 45% da TAP, Humberto Pedrosa, bem como com os "resultados negativos".
“Hoje, tal como em 2015, quando ninguém acreditava, estou cada vez mais entusiasmado com o futuro da TAP”, afirma o empresário no comunicado, sem fazer qualquer referência à informação hoje noticiada.
“É muito importante para Portugal que sejamos todos bem-sucedidos. A TAP precisa de foco e os seus trabalhadores de paz para continuar a implementar o que tem que ser feito, que é o melhor para TAP”, lê-se na mesma nota, na qual afirma que “especulações e outro tipo de manobras em nada ajudam a este extraordinário projeto tão relevante para Portugal”.
O empresário diz que, quando decidiu concorrer à privatização e estudou “o potencial da TAP”, criou um plano estratégico, convidou um sócio português e reuniu capital em conjunto com a Azul e seus acionistas para poder dar um futuro à TAP.
“Logo na primeira semana sob a nossa gestão, pagámos cerca de 100 milhões de euros de dívidas anteriores à nossa entrada e continuamos a fazê-lo. Hoje, a TAP tem 245 milhões de euros em caixa, mais de três vezes o que tinha na data da privatização”, garantiu o empresário.
O acionista da TAP adianta também que “a TAP tem acionistas privados totalmente comprometidos com o plano de crescimento que tem vindo a ser implementado”.
“Eu pessoalmente em conjunto com a Azul, empresa que eu controlo, acreditamos no futuro da TAP e detemos hoje direitos equivalentes a mais de 70% dos direitos económicos da TAP”, refere.
No comunicado, o empresário dá conta da evolução da TAP desde a privatização, destacando o aumento de passageiros, da frota, de destinos, faturação e contratações, entre outros.
“Com todo este investimento no crescimento os resultados para os acionistas não têm sido tão rápidos como gostaríamos, mas estamos no caminho certo como demonstra aliás a curva dos resultados trimestre após trimestre. Uma nova frota muito mais eficiente e as novas rotas começam a produzir resultados, como demonstram as contas do terceiro trimestre de 2019, em que a TAP teve uma margem operacional acima dos seus pares europeus”, garantiu.
Ainda assim, a companhia aérea continua a registar prejuízos, que, até setembro, atingiram os 111 milhões de euros.
O Jornal de Negócios avança ainda que o Governo pretende usar esta possível mudança acionista para negociar alterações na gestão da TAP e nomear um administrador executivo, o que não acontece neste momento.
Comentários