"A AAUBI não se revê neste tipo de atitudes e, como é óbvio, condena estes comportamentos que vão contra todos os valores que devem nortear a integração dos novos alunos, tais como a solidariedade, amizade e companheirismo", afirmou o presidente da AAUBI, Afonso Gomes, em declarações à Lusa.
Em resposta enviada à Lusa, a UBI, sediada na Covilhã, distrito de Castelo Branco, confirmou que recebeu uma participação de um aluno relativa a "atos de violência" que terão ocorrido na última semana e informou que já fez queixa ao Ministério Público e que abriu um processo de averiguações.
"Provando-se os factos, a sanção poderá chegar à interdição da frequência da UBI durante cinco anos", salienta a UBI.
Na edição de domingo, o jornal "Correio da Manhã" noticiou que dois alunos do Curso de Ciências Biomédicas terão sido escolhidos pelos autores da praxe e levados, durante a noite, para a Serra da Estrela, onde terão sido obrigados a despir-se e a colocar-se de gatas, acabando por ser agredidos com pás.
Para o responsável da AAUBI, a situação relatada não respeita o espírito cívico e académico e, a confirmar-se, "é algo que tem de ser punido", dentro do previsto na lei.
Em comunicado emitido hoje, a AAUBI também defende que "o caso deve ser investigado até às últimas instâncias" e lembra que a associação está "à disposição de alunos que se sintam coagidos ou lesados em situações que possam colocar em causa a sua integridade física moral e psicológica, mobilizado todos os recursos necessários para os auxiliar".
A AAUBI lembra ainda que ao longo dos anos tem levado a cabo várias ações de cariz solidário que visam a integração dos novos alunos.
Comentários