
Numa publicação na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou “liminarmente o ataque do exército israelita à comitiva diplomática no campo de refugiados de Jenin, Cisjordânia” e revela que o ministro Paulo Rangel já “transmitiu toda a solidariedade ao Embaixador português que integrava a comitiva e tomará as medidas diplomáticas adequadas”.
Também a principal diplomata da UE, Kaja Kallas, considerou "inaceitável" que o exército israelita tivesse disparado tiros perto de uma delegação diplomática, incluindo autoridades europeias, durante uma visita à Cisjordânia.
"Apelamos a Israel para que investigue este incidente e também para que responsabilize os responsáveis", disse a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, numa conferência de imprensa realizada à margem da reunião dos chefes da diplomacia do bloco europeu e da União Africana, que decorre hoje em Bruxelas.
Kaja Kallas acrescentou que tiros de advertência "continuam a ser tiros" e que os responsáveis deveriam ser responsabilizados.
O grupo visitava um campo de refugiados na cidade palestiniana de Jenin, mas desviou-se da "rota aprovada" e "entrou numa área onde não estava autorizado a estar", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, em comunicado nas redes sociais.
"As IDF lamentam o inconveniente causado", disseram as Forças de Defesa de Israel, acrescentando que iria haver uma investigação e os países envolvidos seriam atualizados sobre as descobertas.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina classificou o incidente como um "crime hediondo cometido pelas forças de ocupação israelitas, que alvejaram deliberadamente, com fogo real, uma delegação diplomática credenciada".
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse nas redes sociais que convocou o embaixador israelita em Roma "para obter esclarecimentos oficiais sobre o que aconteceu em Jenin".
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