“Aproximadamente às 02:05 [00:05 em Lisboa], o inimigo israelita lançou um ataque aéreo com aviões de guerra e drones desde o Golã sírio ocupado, visando vários pontos da cidade de Damasco”, disse o Ministério da Defesa sírio.
Num comunicado, o ministério acrescentou que “a agressão causou o martírio de três civis, o ferimento de outros nove e danos significativos em propriedade privada”.
A televisão estatal síria Syrian TV disse num comunicado de imprensa que “lamenta a apresentadora Safaa Ahmad, que morreu como mártir na agressão israelita à capital Damasco”.
Horas antes, a SANA disse que as defesas aéreas na área de Damasco intercetaram, pela terceira vez esta madrugada, “alvos hostis”, uma expressão geralmente utilizada para se referir aos ataques israelitas.
O ataque ocorreu num momento de crescentes tensões regionais ligadas à guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza e o seu aliado xiita Hezbollah no Líbano.
As Forças de Defesa de Israel confirmaram hoje que iniciaram uma incursão terrestre “limitada, localizada e direcionada” contra “alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano”, algo que era esperado nos últimos dias, dada a intensificação das ofensivas contra o movimento xiita em todo o Líbano.
Além disso, o exército israelita atacou esta madrugada o campo de refugiados palestinianos de Ein el-Hilweh, no sul do Líbano, onde estaria supostamente Munir Al-Maqdah, líder da Al-Aqsa, o braço armado do movimento palestiniano Fatah, avançou a imprensa local.
De acordo com fontes palestinianas citadas pela televisão libanesa Al Manar, o objectivo da incursão israelita neste campo onde vivem mais de 100 mil palestinianos, na cidade de Sidon, a mais de 50 quilómetros da fronteira, seria a casa de Munir, que terá saído ileso.
Este é o primeiro ataque a este grande campo de refugiados palestinianos desde o início das recentes hostilidades entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah.
Também hoje, três ‘rockets’ atingiram uma base que acolhe forças dos Estados Unidos perto do aeroporto internacional de Bagdade, no Iraque, sem causar vítimas, adiantaram duas fontes de segurança à agência de notícias France-Presse.
Os EUA destacaram cerca de 2.500 soldados no Iraque e 900 na Síria no âmbito da coligação internacional criada em 2014 para combater o grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI).
O EI assumiu o controlo de partes inteiras da Síria e do Iraque a partir de 2014, antes de ser derrotado em 2019 por esta coligação internacional.
A coligação internacional contra o grupo vai terminar dentro de um ano no Iraque, anunciaram na sexta-feira Washington e Bagdade, mas vai continuar a sua missão na Síria.
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