O jornal de detalha que segundo as autoridades, a pandemia de covid-19 e o congestionamento do trânsito nas cidades têm levado cada vez mais pessoas a circular em veículos de duas rodas, seja em bicicletas, trotinetas ou motas. Neste caso, entre 1 de janeiro e 16 de julho deste ano, houve quase 40 sinistros por dia envolvendo esta categoria de veículos e cerca de três mortes por semana.
Já nos últimos 30 anos, as vítimas mortais em motas caíram a pique e os carros continuam envolvidos em mais de metade dos acidentes.
Segundo a Federação de Motociclismo de Portugal a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) registava 610 mortes a 24 horas de motociclistas - inclui motociclos e ciclomotores - em 1995. Já em 2022 e 2023, as vítimas mortais “rondavam as 100”, afirma António Manuel Francisco do Grupo Ação Motociclista, citado pelo JN, embora o “parque circulante seja muito superior ao dos anos 90”. Nessa década, duas mil pessoas morriam todos os anos, nas estradas, em todo o tipo de veículos.
Segundo os dados da GNR e da PSP, entre 1 de janeiro e 16 de julho deste ano, houve 7476 acidentes em veículos de duas rodas, 80 vítimas mortais, 530 feridos graves e 6153 feridos leves.
Também neste momento, a PSP, que atua na malha urbana, reconhece que as mortes de condutores de veículos de duas rodas deverão ser superiores este ano. Até 16 de julho de 2024, houve 17 vítimas mortais registadas pela PSP. No ano passado, no total, foram contabilizadas 18 mortes.
Ao jornal, a Federação de Motociclismo de Portugal alerta que este aumento também se pode dever à presença dos estafetas de plataformas eletrónicas, mais ainda existe falta de e educação rodoviária nas escolas.
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