Uma primeira pista de aterragem do maior aeroporto da Alemanha voltou a funcionar às 07:02 (06:02 em Lisboa), indicou o porta-voz, acrescentando que uma pista para levantar voo reabriu pouco depois.
O tráfego aéreo foi suspenso na sequência de uma invasão de ativistas ambientais que levou a intervenção policial, afirmou a polícia.
“Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para retirar os ativistas do clima da pista”, declarou à agência de notícias France-Presse fonte policial.
Todas as partidas e chegadas foram suspensas em Frankfurt, tinha anunciado o aeroporto no portal 'online', acrescentado que os voos com destino a esta cidade foram desviados para outros aeroportos.
O protesto foi reivindicado por ativistas do grupo 'Letzte Generation' (Última Geração), um movimento responsável por várias ações em nome da proteção do clima.
Um dos métodos mais frequentes e controversos deste grupo passa por bloquear estradas e locais, colando as mãos ao asfalto.
“Seis manifestantes utilizaram pequenos alicates para fazer aberturas nas vedações [do aeroporto] e chegaram a pé, de bicicleta e de skate a vários pontos das pistas de descolagem e aterragem”, referiu o grupo em comunicado.
A ação tem como objetivo “apelar ao Governo alemão para que participe na elaboração e assinatura de um acordo internacional juridicamente vinculativo que regule o abandono progressivo do petróleo, do gás e do carvão até 2030”, afirmaram na mesma nota.
O protesto insere-se numa campanha internacional realizada em conjunto com outras organizações, acrescentaram.
"A queima contínua de petróleo, gás e carvão, no momento em que estamos a cruzar pontos de inflexão irreversíveis que ameaçam descontrolar o nosso clima de forma acelerada põe em risco a estabilidade da qual toda a nossa sociedade depende", declarou, em nota, o Just Stop Oil.
"Os nossos dirigentes políticos devem agir para proteger a população e trabalhar juntos com outros países com o objetivo de estabelecer um tratado juridicamente vinculante para parar a extração" e o uso de combustíveis fósseis até 2030, acrescentou o grupo.
A polícia londrina informou a detenção de dez ativistas, inclusive sete no aeroporto de Heathrow, o maior da Europa, sob a acusação de "complot para interferir numa infraestrutura-chave nacional".
No aeroporto alemão de Colónia, ativistas do Letzte Generation conseguiram invadir as pistas e provocaram a interrupção do tráfego aéreo por quatro horas, segundo um comunicado em separado transmitido pelo Just Stop Oil, em nome do grupo Oil Kills.
O coletivo Oil Kills acrescentou que três ativistas entraram nas pistas do aeroporto de Oslo, antes de serem expulsos pela polícia, sem detenções.
Nove militantes bloquearam brevemente os controlos de segurança do aeroporto finlandês de Helsínquia, enquanto no aeroporto de Barcelona, cinco militantes foram interceptados antes de conseguirem chegar às pistas, segundo a mesma fonte. Em Zurique e Genebra, os militantes bloquearam as vias de acesso aos aeroportos.
Quatro ativistas também espalharam uma substância alaranjada no bengaleiro do aeroporto de Viena, enquanto outros dois atrasaram a descolagem de um avião com destino a Roma, ao negarem-se a sentar-se antes da partida enquanto falavam sobre o aquecimento global, afirmou o braço austríaco do movimento Última Geração.
O observatório do clima europeu Copernicus informou, nesta quarta-feira, que a segunda-feira, 22 de julho, foi o dia mais quente já registado no mundo desde o início dos registos em 1940, superando o recorde batido na véspera.
Os primeiros dados do Copernicus mostram uma temperatura média mundial de 17,15°C na segunda-feira, 0,06°C a mais que no domingo, dia que já tinha batido o recorde diário de temperatura mais alta jamais registada.
O serviço europeu previu que os recordes diários seriam superados este verão no hemisfério norte e que o planeta passaria por um período particularmente longo de altas temperaturas devido às mudanças climáticas.
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