"Esta peça é sobre nós, sobre a nossa normalidade, sobre a nossa cumplicidade, sobre a nossa responsabilidade coletiva. Eles estão a destruir tudo que amamos. Neste preciso momento. Deliberadamente. De uma forma coordenada. São as pessoas comuns que têm de assumir a sua responsabilidade, deixar de dar consentimento ao genocídio e ecocídio, e resistir à destruição da civilização", é referido em comunicado enviado às redações.

Segundo o grupo Climáximo, "a intervenção dos ativistas foi recebida com aplausos por parte do público e com apelos a deixarem-nos falar, a bem da liberdade de expressão".

O grupo refere ainda que "a peça de teatro 'Europa', concebida por David Greig no ano de 1994, com referência à guerra civil jugoslava, conta a ansiedade e o medo de uma aldeia de fronteira".

"Há várias formas de pensar em guerra na Europa: algo que acontece 'lá', num lugar abstrato; algo que acontecia 'antes' e que agora já não acontece 'cá'; algo com o qual os países europeus não têm nada a ver; algo que às vezes impacta os países europeus mas sobre o qual eles não têm responsabilidade", explica o Climáximo.

"Todas estas formas são erradas no contexto da crise climática: continuando o seu modelo económico baseado no capital fóssil, os países europeus são responsáveis por armas de destruição em massa. As cheias na Líbia, os incêndios na Argentina, os tufões na China e a seca no Algarve são bombas atiradas que destroem casas, vidas e ecossistemas. Manter o atual sistema económico é um ato deliberado de violência contra as sociedades de hoje e do futuro", é também referido.