"Espaços, dentro da cidade, ao invés de serem convertidos em floresta, habitação, hortas urbanas, ou dados qualquer tipo de uso público, servem para o luxo dos ricos, à custa de uma quantidade absurda de água", lê-se em comunicado enviado às redações, justificando assim a ação no campo de golf. "São como uma torre de marfim onde os culpados por estas crises se escondem enquanto que a população sofre com a seca e ondas de calor".

Enquanto isso, defendem, "a crise de habitação continua, alimentada pela crise climática". "Nós sabemos como parar esta guerra e instaurar a paz. E isso significa que as empresas, os CEOs e acionistas que gastam os seus lucros exorbitantes nestes campos de luxo têm que pagar a transição energética", é ainda referido.

"Precisamos também de revalorizar o bem comum. O lazer, a cultura e o desporto têm que ser acessíveis para todas as pessoas, não o luxo de uma elite", completam.

No comunicado, o Climáximo apela ainda a todas as pessoas "para se juntarem para travar esta guerra". "As pessoas comuns estão a sofrer, a serem despejadas por senhorios ou inundações, sujeitas à precariedade pelos preços de uma energia fóssil e obsoleta, enquanto que uma elite goza descaradamente dos seus luxos. Vais aceitar isto?", rematam.

Este grupo é o mesmo que interrompeu o evento “World Aviation Festival”, na FIL Lisboa, e pintou a fachada daquele recinto com tinta vermelha. Depois disso, o grupo interrompeu a circulação na Segunda Circular e na Rua de São Bento, também em Lisboa.