Numa nota publicada na sua página, a PGDL indica que, em cúmulo jurídico, os arguidos foram também condenados a 135 dias de multa, substituída pela prestação de igual número de horas de trabalho a favor da comunidade.
Em janeiro tinha sido deduzida a acusação pelo Ministério Público e no dia 29 de julho, foi proferida a sentença pelo Juízo Local de Pequena Criminalidade de Cascais, que condena “em processo abreviado, seis arguidos pela prática, em coautoria material, de um crime de atentado à segurança de transporte por ar, água ou caminho-de-ferro na pena de 15 meses de prisão”.
Os arguidos foram ainda condenados pela prática dos crimes de introdução em lugar vedado ao público e de dano.
Segundo a nota da PGDL, o tribunal “deu como provado que, no dia 06 de dezembro de 2023, os arguidos, membros de uma organização ativista ambiental, acederam à zona reservada de segurança do Aeródromo Municipal de Cascais e, de seguida, acorrentaram-se ao trem de aterragem de uma aeronave aí estacionada, bem como a pulverizaram com tinta”.
O tribunal deu também como provado que, em consequência da conduta dos arguidos, o tráfego aéreo de e para o Aeródromo foi encerrado, originando o desvio de um voo e o cancelamento de 11 voos.
A sentença ainda não transitou em julgado, podendo os arguido ainda recorrer dela, indica a PGDL.
Os seis jovens da Climáximo foram detidos pela PSP em 06 de dezembro depois de terem invadido o aeroporto municipal em Tires, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa, onde pintaram um jato privado e se acorrentaram ao aparelho, em protesto contra voos de luxo.
Os jovens protestavam contra as emissões de gases poluentes produzidas pelo setor da aviação de luxo, referindo, num comunicado divulgado no dia dos acontecimentos, “que uma viagem num jato privado entre Londres e Nova Iorque “emite mais CO2 [dióxido de carbono] do que uma família portuguesa num ano inteiro".
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