"Segundo informações preliminares, ninguém sobreviveu na mina. Cinquenta e duas pessoas morreram", declarou a fonte, citada pela agência oficial TASS.

As agências RIA Novosti e Interfax também difundiram esta declaração, destacando que entre os mortos estão 46 mineiros e seis socorristas.

O balanço inicial das autoridades reportava 14 mortos, entre eles 11 mineiros e três membros das equipas de resgate, assim como 35 mineiros e três socorristas desaparecidos.

O acidente ocorreu esta quarta-feira na mina de Listvyazhnaya, na cidade de Gramoteino, na região siberiana de Kemerovo, que conta com muitas minas de carvão.

As operações de busca, que duraram toda a manhã, foram suspensas à tarde devido a riscos de explosão.

De acordo com o governador da região de Kemerovo, Sergei Tsivilev, no momento do acidente havia 285 pessoas na mina. Além disso, mais de 40 mineiros foram hospitalizados.

As autoridades não divulgaram informações sobre as causas do acidente.

O ministério russo de Emergências afirmou que 237 trabalhadores foram retirados e que pelo menos 45 pessoas ficaram feridas. De acordo com algumas fontes, vários foram intoxicados pelo fumo.

O presidente russo Vladimir Putin expressou "profundas condolências às famílias dos mineiros mortos", afirmou o porta-voz Dmitri Peskov. As autoridades locais decretaram três dias de luto na região a partir desta sexta-feira.

Longa lista de acidentes

Uma investigação por "violação das normas de segurança" foi iniciada.

A mina, que começou a operar em 1956, registou um acidente em outubro de 2004, quando uma explosão de metano deixou 13 mortos. Em 1981, outra explosão matou cinco pessoas.

Os acidentes em minas da Rússia, assim como noutras estados da ex-União Soviética, são frequentemente relacionados à falta de respeito pelas normas de segurança, má gestão ou deterioração das instalações.

O acidente mais grave dos últimos anos deixou 91 mortos e mais de 100 feridos em maio de 2010 na mina Raspadskaya, também na região de Kemerovo.

Em outubro de 2019, um acidente numa represa ilegal de uma mina de ouro na Sibéria deixou 17 mortos. Em agosto de 2017, oito trabalhadores desapareceram após uma inundação numa mina de diamantes na Sibéria explorada pelo grupo russo Alrosa, maior produtor mundial. A empresa suspendeu os trabalhos de resgate após três semanas de busca pelos desaparecidos.

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