John Roskam, diretor do Institute for Public Affairs (IPA), um "think tank" conservador australiano, disse que várias pessoas que apoiam o cardeal George Pell abriram uma conta corrente para receber doações destinadas a pagar os honorários da equipa de advogados que irá defender o cardeal número três do Vaticano, acusado de crimes de abusos sexuais de menores.
"Há muitas pessoas que querem apoiar o cardeal e lhe dar a possibilidade de se desculpar", acrescentou Roskam, em declarações publicadas na edição de domingo do "Herald Sun", um jornal de Melbourne.
Na semana passada, a Arquidiocese de Sydney anunciou que ajudará o cardeal a se instalar na Austrália para responder às acusações, mas, acrescentando, que não se encarregará dos gastos com sua defesa.
George Pell, de 76 anos, responsável pelas finanças do Vaticano, deve comparecer no tribunal de Melbourne no próximo dia 26 de julho.
Pell foi arcebispo de Melbourne entre 1996 e 2001 e, depois, tornou-se arcebispo de Sydney, cargo no qual permaneceu até 2014. Mudou-se para o Vaticano, ao ser convidado pelo Papa Francisco para tratar das reformas das finanças da Igreja católica.
A Polícia australiana acusa Pell de crimes de abuso sexual. Poucos detalhes foram divulgados sobre o caso para, segundo as autoridades, preservar a integridade do processo judicial.
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