“Têm [Pizarro e Moreira] de responder às pessoas dos bairros do Regado, Cerco e Aldoar e de muitos outros, onde mais de 5.000 famílias viram as suas rendas aumentadas contra a lei aprovada pelo BE, PCP e PS, lei que foi aprovada pelo próprio PS com os votos do BE e PCP e que, no Porto, foi rasgada por Pizarro”, disse, numa intervenção num comício, no Porto, que contou com a presença da líder do BE, Catarina Martins.
João Teixeira Lopes prosseguiu reforçando que Rui Moreira (independente com apoio do CDS-PP e MPT, que no último mandato esteve coligado com Manuel Pizarro) e o vereador socialista “têm de responder” aos milhares de pessoas que têm medo de abrir a caixa de correio e receber uma ordem de despejo ou que têm medo de abrir a porta por temer ver “mais um ganancioso advogado” a representar os “super proprietários” dos prédios.
A “avalanche de especulação” em que a cidade se tornou é uma ameaça à vida de todos, ao planeamento da vida de todos e à possibilidade de todos terem segurança, estabilidade e tempo para amigos e familiares”, salientou.
“Manuel Pizarro e Rui Moreira têm de responder porque gastaram milhões na política de parcerias público-privadas ou concessões. Veja-se como está o lixo na cidade, veja-se como a cidade está suja, veja-se o que aconteceu ao estacionamento com o atual modelo de concessão”, frisou.
Mas, as críticas e os recados ao candidato independente e ao candidato do PS não ficaram por aqui com João Teixeira Lopes a dizer que Rui Moreira tem um discurso “cínico”, é alguém a quem diariamente “se lhe quebra o verniz” e que Pizarro parece ter-se “especializado no poliamor”.
“Há um cinismo patente no discurso de Rui Moreira, quebra-se-lhe o verniz todos os dias e vê-se bem quem está por detrás dessa mascara”, afirmou.
E acrescentou: “Manuel Pizarro parece ter-se especializado em poliamor, ora faz juras a Moreira para, logo a seguir, dizer que o anel era de vidro enquanto escreve a próxima carta perfumada sabe-se lá a quem, se há coisa que o Porto não gosta é de cata-ventos”.
Depois de João Teixeira Lopes, foi a vez de Catarina Martins, a líder do BE, subir ao palco da Praça dos Poveiros, que considerou que ninguém como o candidato bloquista "levantou temas difíceis nos debates desta campanha", tendo deixado o atual presidente da câmara e recandidato, Rui Moreira, a ficar "muito incomodado" com as questões relacionadas com a Selminho.
"Rui Moreira que não se engane. A transparência para o Bloco é um assunto muito sério", atirou.
A coordenadora do BE assumiu que, antes das lides políticas e durante muito tempo, sentia que o seu voto "era pouco útil", mas confessou que "alguma coisa mudou no Porto quando João Teixeira Lopes foi eleito para o parlamento".
São candidatos à Câmara do Porto o independente Rui Moreira, apoiado pelo CDS-PP e MPT, o socialista Manuel Pizarro, Álvaro Almeida, pela coligação PSD/PPM, Ilda Figueiredo, da CDU, João Teixeira Lopes, do BE, Bebiana Cunha, do PAN, Costa Pereira, do PTP, Sandra Martins, do PNR, e Orlando Cruz, do PPV/CDC.
As eleições autárquicas realizam-se a 01 de outubro.
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