“O presidente da câmara municipal tem de ser a cabeça principal daquilo a que chamamos um lóbi de pressão junto dos governos centrais”, disse Nuno Palma Ferro à agência Lusa, cabeça de lista da coligação “Beja Consegue”, liderada pelo PSD e ainda composta por CDS-PP, PPM, Iniciativa Liberal e Aliança.
Segundo o candidato, “os três principais empecilhos para o desenvolvimento” do concelho são a falta de dinamização do aeroporto de Beja, o atraso na eletrificação e modernização dos troços ferroviárias entre Casa Branca, Beja e Funcheira e a necessidade de concluir a Autoestrada 26 (A26) até Beja.
“E quando falo em pressionar os governos centrais tem a ver com a criação de lóbis” para resolver aqueles “empecilhos”, dinamizando o aeroporto de Beja e executando as obras naqueles troços e de conclusão da A26, precisou.
Segundo o candidato, estes projetos “são os mais estruturantes”, porque “a captação de empresas e negócios depende muitíssimo” deles e da “capacidade” que darão, mas que o concelho “não tem tido”, para “acolher empresas”, que “depois trazem pessoas”.
O candidato defendeu que “todos os políticos” com “responsabilidades” têm “de se unir e falar a uma só voz pela região, ao invés de acontecer o que acontece: os projetos partidários prevalecem relativamente àquilo que é o projeto da cidade e da região”.
“É nesse sentido que eu falo que tem de se fazer pressão e a pressão faz-se lá [em Lisboa], mas também cá, agrupando esforços”, frisou, sublinhado que o distrito de Beja “só tem três deputados na Assembleia da República, o que é pouco”.
E, “se esses três deputados ainda têm vozes que acabam por fazer ruído”, então, “a voz que já é fraca, com ruído não se ouve”, continuou.
Nuno Palma Ferro falava à Lusa margem de uma reunião com a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), no âmbito da campanha para as eleições autárquicas de domingo.
O candidato disse que o seu programa eleitoral tem várias propostas na área da saúde, destacando a criação uma unidade de cuidados continuados, com um parceiro privado, e de unidade móvel de saúde, em parceria com a ULSBA.
O atual executivo da Câmara de Beja, liderado pelo socialista Paulo Arsénio, que cumpre o primeiro mandato e é recandidato pelo PS, é formado por quatro eleitos do PS e três da CDU (PCP/PEV).
Nas autárquicas de domingo, além de Nuno Palma Ferro e Paulo Arsénio, concorrem à presidência da Câmara de Beja Vítor Picado (CDU), Gonçalo Monteiro (Bloco de Esquerda) e Pedro Pinto (Chega).
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