Segundo João Tiago Machado, até às 19:45, minutos antes de encerrarem as urnas em Portugal continental e na Madeira, foram registadas cerca de 450 queixas de eleitores por causa do processo de votação, mas em consonância com eleições anteriores.
"Foi um dia cheio, mas nada de especial, felizmente sem nada de muito grave, só o típico", disse o porta-voz.
Sobre os incidentes registados, João Tiago Machado deu alguns exemplos: "Aquele presidente de junta que vai buscar as pessoas ao carro e que as leva quase até às urnas, e anda a dar beijinhos às pessoas", ou "um senhor que diz que o voto dele já estava descarregado no caderno eleitoral", ou ainda um casal que reclamou por ter votado em locais diferentes.
Anteriormente, a CNE indicou que foram registados problemas com boletins de voto em duas freguesias, em Águeda e Idanha-a-Nova, que continham erros e que, por isso, as eleições nestas duas localidades foram adiadas por duas semanas.
Até às 16:00, a afluência às urnas situava-se em 42,34%, abaixo do valor registado há quatro anos (44,39%), segundo a CNE.
Mais de 9,3 milhões de eleitores foram hoje chamados a eleger os dirigentes de quase quatro mil autarquias locais.
Portugal tem 9.323.688 eleitores inscritos, menos do que nas autárquicas anteriores, em 2017, em que estavam registados pouco mais de 9,4 milhões.
De entre os inscritos, 29.814 são cidadãos estrangeiros, 13.924 dos quais naturais de Estados-membros da União Europeia e 15.890 de países terceiros, nomeadamente Cabo Verde, Brasil, Reino Unido e Venezuela.
A estas eleições apresentaram-se cerca de 12.370 listas candidatas, das quais cerca de 1.035 são de grupos de cidadãos eleitores, segundo uma estimativa da CNE.
O total das mesas eleitorais foi de 13.821, o que correspondeu a uma média de 675 eleitores por mesa.
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