“Todas as pessoas que há quatro anos confiaram no CDS, agora confiem nos ‘Novos Tempos’, no Carlos Moedas, que tem esta grande coligação que lhe permite chegar à liderança da Câmara de Lisboa e fazer a transformação que todos ambicionamos”, afirmou Assunção Cristas, que ficou em segundo lugar nas eleições de 2017, com 20,6% (perto de 52 mil votos), numa candidatura apoiada também por MPT e PPM e que elegeu quatro vereadores.
Num passeio junto ao rio Tejo em Lisboa, entre o Forte do Bom Sucesso e Fundação Champalimaud, com a comitiva da coligação ‘Novos Tempos’, a ex-presidente do CDS-PP assumiu como “absolutamente crítico” estar ao lado de Carlos Moedas e recebeu o compromisso do candidato social-democrata de concretizar o seu projeto para “um centro do mar global”, apresentado pela centrista em 2017, para permitir a ligação entre os empresários e os cientistas.
“Acompanhei muito de perto quatro anos de trabalho da Câmara, quatro anos de muitas ações que não foram concretizadas, de muito pouca capacidade de realização, quer diretamente, quer de capacidade de pressão e de ver realização por parte do Governo”, apontou Assunção Cristas, que é vereadora no atual mandato do executivo municipal (2017-2021), sem pelouro atribuído, recordando que, quando apresentou o projeto ligado à economia do mar, a então ministra da pasta, Ana Paula Vitorino, disse que o Governo ia fazer, mas tal não aconteceu.
“Quatro anos volvidos, nem Governo, nem Câmara, e continuamos com este espaço magnífico a ser desperdiçado e temos muitas universidades e muitos centros de investigação no país com vontade de se juntarem e de criarem um ‘hub’ de inovação, de economia do mar, de bioeconomia do mar, de economia sustentável”, referiu a centrista, considerando que Lisboa pode ambicionar liderar nesta área internacionalmente.
Além de estar “muito feliz” pela coligação “Novos Tempos” aproveitar a sua ideia, a ex-líder do CDS-PP defendeu que “Lisboa precisa de uma mudança grande”, o que passa por “romper” com o período de 14 anos de governação socialista, em que “é muita proclamação e muito pouca ação”.
“Se há coisa que eu acredito é nas capacidades do Carlos Moedas para executar, para fazer acontecer, para realizar”, indicou a centrista, caracterizando o candidato social-democrata como “um homem com muita garra”.
Cristas realçou que o ex-comissário europeu “é o único que pode mudar Lisboa”, explicando que o sistema das eleições autárquicas é diferente do que se passa nas eleições legislativas: “quem fica em primeiro lugar torna-se presidente da Câmara de Lisboa, portanto não há outras soluções ou outros arranjos que possam ser feitos como foi feito a nível nacional”.
“Acredito que Carlos Moedas tem todas as condições para ficar em primeiro lugar, é o único que tem condições para ficar em primeiro lugar, portanto é muito importante que as pessoas reflitam no domingo, quando tiverem o boletim de voto à frente, se querem de facto uma mudança, o único voto possível para essa mudança é o voto no Carlos Moedas”, expressou a centrista, perspetivando “uma boa surpresa” no resultado eleitoral.
A ex-presidente do CDS-PP frisou: “a política também se tem de fazer de surpresas de quando em vez, portanto nós não acreditamos num jogo já feito e são as pessoas no domingo que vão decidir se há ou não a mudança em Lisboa e essa mudança é votando no Carlos Moedas, votando nesta grande coligação, que junta um projeto novo, diferente e, sobretudo, com capacidade de execução para a cidade de Lisboa”.
O candidato social-democrata agradeceu o apoio de Cristas, criticou o seu principal adversário, o socialista Fernando Medina, candidato pela coligação PS/Livre e atual presidente da Câmara de Lisboa, reforçou que “Novos Temos” é a única opção para mudar a capital e destacou o apoio das pessoas durante a campanha: “são uma maioria silenciosa, de certa forma, que muitas delas nem são dos nossos partidos políticos, mas que querem mudança”.
Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, no domingo, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).
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